A década era de 90. Éramos crianças e morávamos na mesma rua. A noite, as crianças do local saíam para brincar, e eu também não ficava em casa. Mas, eu sempre preferia a companhia dos meus primos, que aliás, eram muitos. Ainda são.
Porém, na rua, havia uma menina, que insistia em ser como se fosse minha prima, ou melhor, nossa prima. Ela no início era mais amiga do meu irmão e do meu primo, mas ela conseguiu me conquistar que eu fui me aproximando também, e olha que eu era uma pessoa extremamente tímida. Mas, com ela, sentia-me à vontade.
Ela foi se chegando, chegando, e passou a compor nosso grupo. Nos aniversários de família, sempre ela era convidada. Passamos a frenquentar um a casa do outro, comer juntos, lanchar juntos. Escondíamos os lanches que comprávamos, só para que ninguém pedisse.
Estudávamos também na mesma escola, no final da aula, quando eu tava indo embora para casa, sempre ela me via e gritava: "ei caralho, me espera!"
Na nossa adolescência, ficamos mais íntimos ainda, contávamos segredos um ao outro. Era engraçado, que tínhamos 13 anos, mas não gostávamos de ser infantis. Amadurecemos cedo.
Lembro uma vez, que comemoramos o niver dela. Como é véspera do dia das bruxas, enfeitamos a casa com morceguinhos de papel, apagamos a luzes, e fizemos babana cotardada em rodelas, coberta com achocolatado, e suco para acompanhar. Fizemos uma surpresa para ela, ela adorou.
Passamos muito momentos bons e ruins juntos, como na morte da vovó. Ela nos deu uma força incompáravel.
Com desesseis anos me mudei da rua, não para longe, mas isso foi nos afastando com o tempo. Como eu não saia de casa, a gente pouco se falava, a não ser nas comemorações de vestibulares, aniversários, entre outras.
Depois nos tornamos adultos. Estudos e trabalhos foi nos afastando mais ainda. Outras amizades vieram para mim e para ela. Sentimos a falta um do outro.
Hoje, ainda tenho o mesmo amor por ela. Ela continua doida e engraçada como sempre. Diverte todo mundo onde quer que seja.
Eu já fui pra ela o Paco, o Bahuam, Sergio de Mulheres apaixonadas, o Príncipe, entre outros. Agora eu sou o Love. Haha!
Sexta-feria agora estávamos juntos no casorio do meu mano. Foi ótimo. Estávamos ambos de rocho, sua cor preferida. E nem combinamos nada
Marta, vc foi, é, e sempre será meu amorzão.
Te amo incondicionalmente.